21 de outubro de 2016

5 Anos e agora a escola é outra

As miúdas chegaram à pré... Ambas estão na fase de escrever o nome e outras letras ao contrário "efeito espelho" e sentir que estão todas crescidas porque já fazem "trabalhos da escola".

Este ano a vidinha deu uma grande volta e além de uma separação houve outros contratempos que desafiaram o budget. Nada que assuste aqui a "malta" habituada a estas coisas (mentira!!!) mas há dias que os desafios são maiores o que faz com que tenhamos de aprender ainda mais como contornar tudo isto e tornar possível uma vida normal com um pouco menos por mês e um pouco mais de planeamento para fazer face à incógnita que é o amanhã.

A Lara (ainda) anda no privado, colégio que sempre conheceu desde que nasceu. Um esforço que ambos quisemos (e pudemos) fazer na altura de decidir e que hoje questionamos se devemos continuar pelo menos até à 4ª classe. 

A mim interessa-me muito mais o bem estar emocional e o desenvolvimento cognitivo dela enquanto ser individual e livre do que rankings e notas. Estou-me borrifando para as notas. Prefiro mil vezes que ela saiba desenvolver um pensamento acerca de um assunto ou resolver uma problemática num trabalho de grupo. Eu acredito nos "freerange kids" como demonstro várias vezes no outro blog.

Andamos portanto na busca para perceber como funciona isto da escola pública, as inscrições, as regras e as manhas. Rebater tudo com o que pudemos pagar versus o que a escola pode oferecer. Voltar a rebater tudo com os nossos valores e aquilo que sabemos ser a personalidade dela. No fundo para perceber se vale mesmo a pena mudar. 
Tendo em conta que o "prolongamento" é até às 17h30 (gostava eu de saber quem teve a presunção de chamar a isto "prolongamento") tenho de lhe arranjar um ATL com carrinha que a vá buscar. 
Ora para isso fica onde está, resta saber se em regime total ou parcial.

O que me preocupa em deixa-la a estudar no privado é o impacto interpessoal que isso vai ter quando ela passar da 4ª classe para o 5º ano. Neste momento a escola tem turmas mistas de muito poucas crianças (penso que 12, aguardo confirmação) e como sabemos o público é só o triplo disto. quando ela for atirada para a selva das turmas com 30 miúdos em idade de adolescência sem nunca ter visto um pátio de escola grande sem educadoras... terá de aprender a sobreviver no meio que todos os outros já dominam à 4 anos. Isto faz-me pensar se não prefiro que comece já esse processo.
Por outro lado se a diferença de preço for mínima e a oferta formativa incomparável prefiro fazer o sacrifício e mantê-la no privado e reforçar esse apoio emocional e social aquando da mudança para o 5º ano. Não sei, ainda não tenho as informações todas para tomar a decisão assim que tiver, voltamos a falar por aqui.